Setembro amarelo. Cada vida importa!
No mês de setembro nas redes sociais e nas mídias começam a aparecer várias campanhas sobre o setembro amarelo.
Mas, afinal o que é o setembro amarelo?
Trata-se de uma campanha brasileira que levanta a bandeira sobre a prevenção ao suicídio, a data escolhida é o dia 10 de setembro, o dia mundial de prevenção ao suicídio.
A campanha tem como objetivo salvar vidas através do diálogo, do acolhimento, e da informação. Levando esclarecimento as pessoas que pensam em pôr o fim na sua própria vida.
A ideia é lhes mostrar que elas não estão sozinhas e que a morte não é a solução.
Qual a importância de abordar o tema?
A campanha busca a ampliação do diálogo pela população geral, que pode ajudar na prevenção ao suicídio de algum conhecido ou ajudar na busca do autoconhecimento.
Estima-se que cerca de 90% dos suicídios poderiam ter sido evitados com ajuda psicológica, a maioria dos casos é causado por doenças mentais não tratadas.
O suicídio sempre foi um tabu, por envolver o peso do luto para o familiar, além de tabus religiosos e culturais.
Por muito tempo abordar o tema ou conversar com as pessoas sobre o assunto foi evitado.
Na mídia o tema também não é abordado com frequência, pois a divulgação dos casos poderia estimular outras pessoas a comentaram este ato, também conhecido como efeito Werther (suicídios por imitação).
Apesar da própria OMS (Organização Mundial da Saúde) desaconselhar a divulgação de métodos e processos de suicídios, o diálogo sobre o tema é fundamental para o acolhimento.
Mas, como identificar alguém com pensamento suicida, se nem todos dizem que vão se matar?
Nem todos vão declarar abertamente que estão pensando em tirar a sua vida, porém na grande maioria dos casos as pessoas nos trazem indícios de sofrimentos, mudanças de hábitos e rotinas, além de frases sempre sem perspectiva ou esperança no futuro.
É comum encontrar pessoas que já pensaram em se suicidar pelos mais diversos motivos, sejam eles por dificuldade financeira, familiar, abusos, pela perda de autonomia da idade, pela mudança na rotina, descobertas de doenças, e por doenças de cunho psicológico.
É importante evitar comentários que minimizem a dor e o sofrimento do outro, frases como: “Mas ele só fez essa tentativa para chamar atenção”, “se realmente quisesse ter se matado, faria desta forma…”, “isso é falta de Deus!” …. Frases nesta conotação, só mostram a dificuldade de ser colocar no lugar do outro e não ajudam em nada, pelo contrário, atrapalharam e maximizam a sua dor.
Substituía o “chamar atenção” por: “tem algo que eu posso fazer para te ajudar?”.
A melhor maneira de ajudar alguém com pensamento suicida é oferecer o ombro amigo, mostrar-se disponível e ser empático.
Esteja aberto a ouvir, a acolher, a não julgar ou minimizar a dor do outro, e se possível, acompanhe e indique a um profissional capacitado para atendimento psicológico ou médico.
Falar é a melhor solução! Cada vida importa!
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Rayanne Dantas
Psicóloga, pós graduada em psicologia do trânsito, cursando MBA em gestão de pessoas. Apaixonada pela vida e pelo comportamento humano dentro das organizações. Na P Mais atua como analista de recursos humanos.